Araçatuba Half Marathon – TRC Brasil
#flatoisboring
E lá estávamos nós acampados aos pés no imponente Morro Araçatuba no sudeste do Paraná, município de Tijucas do Sul, cerca de 70km ao sul de Curitiba. Sim, estávamos ansiosos para a largada e apreensivos com o percurso de 21k da terceira edição da Araçatuba Half Marathon. Esta que é considerada a mais difícil meia maratona de montanha do Brasil.
Lembro que na largada eu brinquei com a Bianca dizendo que estávamos há momentos do nosso “treino” de teste para saber quanto treino falta para a Maratona dos Perdidos, esta a mais difícil corrida de montanha realizada em solo brasileiro. Depois de 5h26m descobrimos que ainda precisamos treinar bastante.
Eu não gosto muito de melancia, mas ao final dessa prova comi uma quantidade absurda dessa fruta doce de alto índice glicêmico. Ao final da prova ainda sobrou forças para uma saudável disputa com um amigo tentando decidir quem afinal havia caído mais vezes durante os pouco mais de 22km.
Assistíamos juntos a sequencia de exibições de joelhos, mãos, tornozelos e demais partes dos corpos dos corredores arranhados, esfolados, “hematomizados” sendo exibidos como troféus ao final de mais uma batalha.
Assistíamos à rostos suados e sorridentes ao som de seguidos gritos de vitória, de superação, de alívio de cada um que cruzava o pórtico vermelho The North Face; Mais gritos de comemoração e festa da esposa, namorada, marido que aguardava após o pórtico com um abraço, um beijo, um olhar de admiração, orgulho… força para a próxima batalha.
Quem correu viu, sentiu, viveu.
Perde o sentido fazer um relato de como foi esta prova para quem não corre na montanha. Palavras ou imagens não chegam perto de descrever o que é percorrer um percurso tão desafiador, uma altimetria tão agressiva em um terreno tão impróprio para aqueles que não tem asas que os levem às alturas.
Araçatuba Half Marathon
Mas deixando o lado inspirado de lado. Não vou tentar tentar descrever o que é uma prova assim. Podemos só contar que o acampamento da prova foi muito legal. Filmes, campeonatos de slack line, almoços e jantares serviram bem para integrar os corredores.
Nós chegamos no final da tarde da sexta e ficamos até a tarde do domingo. Corrida de montanha é isso afinal, integração, companheirismo, parcerias; Gente que se apoia e vibra com a superação do próximo porque sabe o quanto é difícil conseguir estar ali.
Filmando menos, correndo mais
Desta vez acabei filmando pouco. Eu e a Bianca decidimos usar bastões de caminhada (trekking poles) para amenizar o desgaste das subidas e eles acabaram me atrapalhando no uso do bastão da Garmin Virb, só tenho 2 mãos. Então como o tempo de corte estava apertado decidimos correr mais e filmar menos. A parte boa é que estas experiências estão contribuindo bastante para um próximo vídeo sobre o uso dos bastões de caminhada em corridas de montanha.
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Também serve para eu dar mais atenção à outras formas de carregar a câmera, como fitas de cabeça, ombro ou até peito, vamos ver.
De qualquer forma, vale assistir, curtir e compartilhar porque tem imagens legais de como estava o base camp e o cume do Araçatuba.
Também tem um vídeo legal do Eu Atleta sobre a corrida, em que usam imagens captadas por nós. Dá para imaginar a minha cara quando me pediram imagens da prova e eu não tinha tantas quanto estamos acostumado a ter? Bom, as lições foram aprendidas, não dá pra errar sem evoluir 🙂
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