CicloturismoCircuito Vale EuropeuMotociclismo

Circuito do Parque da Serra do Itajaí

Você já conhece o Circuito do Parque da Serra do Itajaí? Melhor conhecer aqui, porque aqui fora é mais legal.

(a ideia desse post surgiu depois de encontrar uma referência a um possível futuro circuito de cicloturismo no site do CIMVI)

Intercomunicador Motociclista

A primeira coisa a saber é que ESSE CIRCUITO NÃO EXISTE. Por enquanto ele é um projeto.

A segunda coisa a saber é que esse projeto NÃO PASSA DENTRO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO ITAJAÍ.

A terceira coisa a saber é que O PROJETO DESSE CIRCUITO NÃO É NOSSO.

O projeto é do Consorcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI) que busca fomentar o turismo em algumas das cidades que fazem parte do Consorcio. Porque não?

Por enquanto não existe nenhuma informação no site do CIMVI além de um post raso prometendo o Circuito para o final de 2022 (estamos escrevendo este artigo no final de 2023, e já atualizamos ele em maio de 2024).

Dessa forma, resolvemos colocar nosso conhecimento da região à serviço do turista/ciclista/interessado no assunto.

O que temos abaixo é um possível Circuito completo baseado nas rasas informações publicadas até agora.

Pelo que se sabe, pretende-se que seja autoguiado, assim como o Circuito Vale Europeu. Dividido em 6 etapas, tendo a mais curta cerca de 30km e a mais longa perto de 60km.

Circuito do Parque da Serra do Itajaí

A imagem abaixo foi retirada do projeto original mostra a distribuição de 6 trechos.

Pessoalmente, achei que ficou um pouco desequilibrado, sendo a etapa mais longa com uma altimetria bem alta. Mas realmente é uma região sem tantas alternativas assim para fazer algo leve.

Distância e Altimetria do Circuito do Parque da Serra do Itajaí

Agora vamos ao que interessa. Eu fiz o Circuito do Parque da Serra do Itajaí de moto com a Bianca na garupa em 2 dias.

Fizemos de moto por obvia falta de tempo, já que estamos na correria com o Refúgio Endorfine-se, nossa hospedagem no Circuito do Vale Europeu.

Como tenho bastante experiência nesse tipo de pedal, posso dizer com segurança, é pesado. Nós percorrermos 237,2km com +4375m marcado no Garmin Oregon 700. Depois de subir a atividade no Garmin Connect mostrou +3473m.

Eu uso e não gosto do Strava, mas em nome de oferecer mais informações, subi para o Strava e deu +4400m.

  • Pavimentado: 81.8 km – 34%
  • Terra: 155.5 km – 66%

Sinalização

O Circuito realmente não existe até a data de hoje (7/11/2023). Nenhuma placa ou setas. Nada. Ninguém sabe nada ou sequer ouviu falar.

E se você não conhece a região é certo que vai se perder. A região é um labirinto de pequenas estradas até bem sinalizadas, mas para alguém que não está bem geolocalizado no contexto da regional, vai ficar complicado. Sobretudo para o ciclista mais novo que é mega desorientado.

As atrações

Se os trechos são duros, a paisagem é crua. Hoje, percorrer essa região é imersão na natureza praticamente em seu estado bruto. Não tem maquiagem, não tem “equipamentos turísticos”.

É pedal raiz do início ao fim. A natueza é bastante parecida com a encontrada no Circuito do Vale Europeu, já que são vizinhos.

Acontece que se você não for alguém realmente ligado nesse tipo de ambiente, não vai encontrar muito mais em que se ligar para percorrer o “Circuito”. Vai ver um ou outro casarão antigo, como pode ver nos vídeos, e é isso.

Assim sendo, é bastante “mais do mesmo” nos 238km para se fazer de bike. As paisagens, por mais que sejam bonitas, não te surpreendem tanto depois algumas horas de imersão. É lindo, mas para muitos, nem tanto assim.

E ainda tem os “difíceis de resolver” longos trechos urbanos dentro de Blumenau, no começo e final do Circuito.

Autossuficiência

Hoje, é coisa para ciclistas acostumados com a pegada autossuficiência. Precisa estar autônomo. Você não vai encontrar um mecânico de bike. Não vai ter lugar para comprar água ou algo para comer por muitos e muito e muitos quilômetros.

Então prepare-se para levar o peso da autossuficiência com você. Eu acho isso ótimo para evoluir e estar preparado para se virar em um apocalipse (zumbi). Mas e o ciclista pós pandemia?

De qualquer forma, nenhum circuito nasce pronto. A demanda gera a mudança e uma vez que tenha gente pedalando no lugar, essa mudança pode acontecer. A região é linda e merece um circuito. Estamos na torcida para que ele saia do papel.

JosaJr

Um sujeito que mede o seu próprio sucesso pelo que inspira outras pessoas a fazerem de bom pelas suas vidas. Um eterno sonhador, corredor, artesão, cozinheiro, fly fisherman, criador do Endorfine-se, portal multi esportivo para quem corre ou pedala na rua e na montanha. Um belo dia resolveu levar uma vida mais saudável e perdeu 28kg em 5 meses e agora quer dividir com todo o mundo o que aprendeu e ainda vai aprender \o/

2 comentários sobre “Circuito do Parque da Serra do Itajaí

  • Fala, Josa!! Tudo bem, meu amigo?

    Já fiz de bike o trecho Vidal Ramos/Botuverá/Guabiruba/Blumenau e concordo com você. Temos estrutura nos trechos urbanos então o ciclista “desorientado” com o trajeto pode passar trabalho por água e alimentação.

    Neste final de semana, 04 e 05/11, fizemos de bike o Caminho do Louvor, partindo de Rio do Sul até o Santuário da Santa Paulina em Nova Trento, pela Rota de Lourdes, que passa em Vidal Ramos. Rota com uns trechos bem duros!! Aclives e declives acentuados e longos, trechos entre lavouras de fumo que não têm muita vegetação para uma sombra e do trecho todo consegui apenas 3 carimbos na credencial pois outros lugares estavam fechados. Mas é um circuito muito bem sinalizado e que está nascendo, tem 1 ano +/-.

    Tomara que formalizem o circuito do Parque da Serra do Itajaí pois é um lugar fantástico! Até acho que deveria ter a opção de cruzar pelo parque como um caminho opcional!

    Grande abraço meu amigo!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *