Kochkäse, Queijo Alemão do Vale Europeu
Kochkäse, o queijo mais famoso e tradicional do Vale Europeu está à poucos passos de se tornar um Bem Cultural de Natureza Imaterial. A Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI) entregou o pedido de registro do queijo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A ideia não é nova e rola desde 2009, quando várias instituições da região, incluindo Furb, Epagri e prefeituras uniram forças para resgatar a tradição do Kochkäse e mostrar a importância do produto na cultura local. Entre as ações, foi desenvolvido um Inventário Nacional de Referências Culturais do Kochkäse. O projeto também envolveu microbiólogos e veterinários.
Agora é ficar na torcida por este reconhecimento, que pode ajudar muito os produtores e apreciadores do queijo.
Também vale muito uma outra torcida. É que enquanto o IPHANe todos os órgãos que citei aí encima se mobilizam para tornar o alimento um patrimônio cultural, a Vigilância Sanitária fiscaliza e restringe a comercialização do produto.
Uma receita que passa de geração em geração, principalmente entre os descendentes de alemães, o kochkäse (queijo cozido), tem sido alvo de polêmicas. É que a forma original de fazê-lo consiste em deixar o leite parado por oito dias, até “apodrecer”, para depois, produzir o queijo. Os antigos também fritavam o queijo antes de consumir e eu mesmo faço isso até hoje. A vigilância quer que o Kochkäse seja produzido com leite pasteurizado, o que definitivamente não vai dar certo. Oremos.