Maratona dos Perdidos – O Filme
Temos o prazer de mostrar todos os principais trechos da Maratona dos Perdidos considerada a mais difícil maratona de montanha do Brasil. Existem provas mais longas, provas em terrenos muito duros e em trilhas incríveis, mas esta maratona coloca tudo que as outras provas oferecem de dificuldade em uma prova contra-relógio única no país.
São apenas 10h para percorrer os 44,8km oficiais extremamente travados e desafiadores sem espaço para qualquer descanso. Se você está em busca de pódio, não pode pensar em sequer se poupar por 1 só minuto, porque se fizer, já era pódio. Se estiver indo para baixar seu tempo e se poupar por 1 minutos, já era personal record. Se está indo simplesmente para terminar dentro das 10h, cuidado, pois quando pensar em se poupar estará colocando em risco o seu tempo.
Maratona dos Perdidos
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Apenas 5 meses antes da prova decidimos estrear na distância na Maratona dos Perdidos. Era uma ideia ousada, muitos disseram, quase uma loucura para outros. Mas para mim era apenas a oportunidade de nivelar tudo mais por cima. Na minha cabeça, depois dessa eu não teria mais medo de nada. Ledo engano. Depois de correr a minha primeira Maratona dos Perdidos meu medo da Maratona dos Perdidos dobrou de tamanho. Posso não ter medo de mais nada, só dela.
Foi uma semana de chuvas intensas na região e todo percurso estava muito castigado e todos os tempos dos participantes que estavam ali pela segunda vez foram maiores que em 2014. Ninguém conseguiu baixar o tempo e muita gente ficou nos cortes.
Foi a primeira prova em que eu corri separado da Bianca, cada um foi no seu próprio ritmo e eu fanhei uns 20 minutos de vantagem dela no primeiro trecho. Cheguei no corte das 5h com 4:30h, feliz. Inocência minha, pois com esse tempo já era tarde para conseguir finalizar em 10h. O segundo trecho seria muito mais difícil, é aí que a prova começa de verdade. Na minha inexperiência ainda fiquei 20 minutos no posto de apoio.
A Bianca ficou no corte, mas porque errou o caminho no primeiro trecho, junto de outras 2 garotas. Acabaram perdendo uns 20 ou 30 minutos e não conseguiram mais chegar a tempo de continuar.
Na verdade, uma grande parte dos corredores ficou no corte das 5h e outra boa parte no corte dos 42km na transição de uma trilha de pedras para uma trilha de lama extrema. Eu passei por este corte e outros poucos conseguiram vir atrás de mim. Depois disso, já era. Todos voltaram no carro da organização.
A ideia sempre foi a de terminar dentro do tempo de corte e filmar, muito. Registrar tudo que pudesse ou que a bateria da câmera permitisse. Pequei por não levar uma segunda bateria, pois ficou faltando um pouco do final, quando já era certeza de ultrapassar as 10h que me dariam 3 pontos para a Ultra Trail du Mont Blanc.
Em 2016 estaremos lá novamente. Mas talvez eu filme menos, fale menos e corra mais. Vamos ver 🙂
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