Musculação, #ProjetoCoxinha fase II

Você provavelmente chegou aqui interessado em fortalecimento muscular para corredores. Se isso é verdade, então talvez seja interessante ler meu post “Corredor precisa de reforço muscular?“

Este post é continuação do Musculação, #ProjetoCoxinha fase I.

Há 2 semanas fechei as primeiras 8 semanas no segundo round de treinos de reforço muscular com foco na melhora de performance de corrida. Nessa fase intercalamos treinos de força mais leves com um treino de circuito com descanso ativo para trabalhar músculos muito específicos de forma bem específica. Os treinos da planilha abaixo tem execução um pouco diferente do convencional, e isso é bem interessante, somente um coach com conhecimento de corrida pode lhe dizer qual a forma ideal de executar os movimentos. E tanto é assim que nos dias da execução de circuito era normal outros alunos “normais” da academia perguntarem ao meu coach “o que diabos eu estava fazendo”, rss.

Os resultados desses treinos de força específicos foram bons. A mudança na corrida foi muito grande. As distâncias aumentaram consideravelmente e as dores nos joelhos sumiram. Esses treinos de força me levaram à concluir a minha primeira prova de 10k muito bem, sem dor alguma e com a certeza de que posso seguir à diante.

Dor no Joelho

Ouço muitos corredores falarem das suas dores nos joelhos, muitos deles auto-diagnosticando estas dores como a temível condromalácia patelar (a síndrome da dor paleto-femoral ou joelho de corredor), eu mesmo cheguei a fazer isso. O problema o auto-diagnostico é que você tem realmente muita chance de estar errado, chances enormes de deixar de treinar ou fazer sub-treinos por causa dos seus diagnósticos errados, e ao final, acabar desistindo do esporte.

Então você poderá seguir o conselho de outros corredores (ou não) dizendo que o mais acertado é buscar imediatamente um médico ortopedista, e isso de forma alguma deixa de estar certo. O problema é que ao fazer isso você tem chances enormes, realmente gigantescas de se machucar ainda mais. Sim, a nossa triste realidade é bem diferente do que sempre tentam nos fazer ver. Claro que existem bons médicos, excelentes especialistas em todas as áreas, mas encontrá-los pode ser uma via crúces. Quero dizer que na prática, você deve tomar muito cuidado com o que ouvir do seu médico e se possível, buscar segundas e até terceiras opiniões.

O Ortopedista e o Corredor

Veja a minha situação, que certamente se assemelha à situação da grande maioria dos corredores amadores. Eu moro em uma mini-cidade de 54 mil habitantes que tem o incrível número de 1 ortopedista para cada 18 mil habitantes. O problema maior de todos foi encontrar um bom ortopedista em meio à todos os 3 disponíveis. Eu busquei o mais “renomado” dentre eles, “especializado em joelho”, segundo o próprio. O seu disgnóstico para as minhas pontadas agudas nos meniscos após o 3º ou 4º quilômetros incrivelmente foi: “fibromialgia na panturrilha” com a prescrição de uma dolorosa massagem muito parecida com Do-in nas panturrilhas 3 vezes ao dia e relaxante muscular após os treinos, se eu sentisse dor. Dois meses seguindo o tratamento e nada. Retorno após 2 meses e ouvi que a culpa era minha por não estar fazendo as massagens coma força e com a constância recomentada. Nem uma palavrinha sequer sobre reforço muscular. Quando eu questionei se, por acaso não seria interessante, ouvi que “seria desejável”.

Claro que a minha história com o ortopedista está longe de ser a regra nesses casos, mas serve de alerta para todos os casos. Se o auto-disgnóstico é um problema, a opinião médica nem sempre será a solução, portanto, cuidado.